Nos últimos anos, o modelo de trabalho remoto deixou de ser uma tendência emergente para se consolidar como uma realidade — e, para muitas empresas, uma vantagem competitiva.
Porém, o cenário de 2025 mostra que a discussão não está encerrada. Pelo contrário: cada vez mais organizações estão reavaliando sua política de trabalho à distância, exigindo o retorno ao escritório parcial ou total.
Essa movimentação reacende um debate importante: como gerenciar uma equipe remota de forma estratégica, equilibrando os interesses do negócio com o bem-estar do time e a preservação da cultura organizacional?
Neste artigo, você vai entender as melhores práticas para liderar times remotos e híbridos.
O cenário de 2025: o retorno ao escritório está mesmo funcionando?
Gigantes da tecnologia como Amazon, Google e Meta passaram a exigir que seus colaboradores retornem ao presencial em ao menos 3 dias por semana. O argumento? Reforçar a colaboração, a inovação e a cultura da empresa.
No entanto, nem tudo são flores. Uma pesquisa da Gallup de janeiro de 2025 mostra que 6 em cada 10 profissionais remotos sentem que forçar o retorno ao escritório impactou negativamente sua motivação e produtividade. Já empresas que optaram por modelos híbridos flexíveis relataram maior retenção de talentos e engajamento.
O recado é claro: o futuro do trabalho é híbrido, flexível e centrado nas pessoas.
O que é uma equipe remota — e como se conecta com o modelo híbrido?
Uma equipe remota é formada por profissionais que atuam fora do escritório físico da empresa. Já no modelo híbrido, há uma alternância entre o presencial e o remoto, com diferentes formatos: dias fixos no escritório, regime 3×2 (três dias presenciais, dois remotos), ou até modelos “remoto-first”, onde o presencial é opcional e reservado para encontros pontuais.
O desafio atual para lideranças e RHs é descobrir como gerenciar uma equipe remota ou híbrida de maneira que promova produtividade, conexão e bem-estar.
Os principais desafios de 2025 para líderes de equipes remotas e híbridas
- Reconectar times fragmentados entre presencial e remoto
- Evitar o sentimento de exclusão de quem trabalha 100% remoto
- Garantir acesso igual a informações, oportunidades e reconhecimento
- Preservar a cultura organizacional mesmo sem convivência diária
- Atrair e reter talentos que priorizam flexibilidade e autonomia
1. Estruture bem os acordos e jornadas de trabalho
Clareza e flexibilidade são a base da gestão moderna. Defina, documente e comunique os seguintes pontos:
- Quem pode trabalhar remoto? Em quais dias?
- Qual o papel do escritório físico? (colaboração? onboarding?)
- Quais ferramentas e canais são oficiais para o dia a dia?
Ferramentas como Notion, ClickUp Docs ou Basecamp ajudam a manter essa documentação viva e acessível.
2. Promova equidade entre quem está remoto e quem está no escritório
Um erro comum é tratar o escritório como o “centro da cultura” e deixar os remotos à margem. Evite isso com:
- Reuniões sempre com o link de vídeo aberto, mesmo com pessoas no mesmo local
- Eventos híbridos bem planejados: coffee breaks transmitidos, kits enviados
- Reconhecimento e promoções baseadas em desempenho, não em presença física
Exemplo real: A startup brasileira Pipefy adotou o “office optional”, mas com políticas de equidade que garantem participação plena de todos os colaboradores — estejam onde estiverem.
3. Redefina a cultura: ela não mora mais no escritório
Em 2025, empresas inteligentes entendem que cultura organizacional não é um lugar — é um comportamento coletivo. Para times híbridos e remotos, isso significa:
- Reforçar valores em todos os canais e reuniões
- Incentivar práticas colaborativas em projetos assíncronos
- Promover rituais digitais que criem conexão (ex: “Vitória da Semana”, “Momento Gratidão”)
Cultura viva é aquela que acontece com as pessoas, não apenas onde elas estão.
4. Acompanhe resultados, não presença
A mentalidade “controle de ponto” não cabe mais no novo mundo do trabalho. Foque em:
- Metas claras e mensuráveis
- Ciclos ágeis de acompanhamento (OKRs, check-ins quinzenais)
- Ferramentas de performance e desenvolvimento contínuo
Invista em comunicação transparente e acessível
Uma boa comunicação é o pilar de qualquer equipe bem gerida, mas no remoto ela se torna questão de sobrevivência. Boas práticas:
- Reuniões com pauta e ata compartilhada
- Canais organizados por temas e squads
- Mural digital com atualizações estratégicas e reconhecimento
Ferramentas como Slack, Discord for Work e Twist têm ganhado força por equilibrar sincronia e profundidade.
6. Ofereça desenvolvimento e onboarding inclusivos
Em vez de centralizar treinamentos no escritório, pense digital-first:
- Trilhas personalizadas por área e nível
- Onboarding com vídeos, jogos, interações e tutoriais gamificados
- Mentorias cruzadas entre times remotos e presenciais
Empresas como a QuintoAndar têm apostado em trilhas de onboarding 100% remotas, com resultados expressivos de integração e NPS.
7. Desenvolva lideranças preparadas para o híbrido
Liderar em 2025 requer novas habilidades: escuta ativa, inteligência emocional, domínio digital, empatia e adaptação constante. Capacite seus líderes com:
- Treinamentos em gestão de times distribuídos
- Espaços de troca entre lideranças
- Ferramentas para feedbacks estruturados
Líderes bem preparados são os grandes embaixadores da cultura organizacional — independentemente do canal.
8. Cuide da saúde mental e do senso de pertencimento
Isolamento, esgotamento e ansiedade ainda são temas recorrentes para quem trabalha remotamente. Soluções eficazes envolvem:
- Escuta ativa com pesquisas de clima regulares
- Apoio psicológico e jornadas de autocuidado
- Grupos de afinidade e encontros informais
A Contajá pode te ajudar na sua empresa
Aprender como gerenciar uma equipe remota em 2025 é, na verdade, sobre aprender a equilibrar. Equilibrar autonomia com conexão, resultados com bem-estar, flexibilidade com alinhamento cultural.
Os modelos híbridos surgem como uma ponte possível entre o que o negócio precisa e o que as pessoas valorizam. O desafio das lideranças modernas é entender que não existe uma única resposta — mas sim um caminho de escuta, experimentação e ajustes constantes.
Empresas que cultivam confiança, investem em cultura viva e respeitam a pluralidade de seus times têm mais chances de prosperar. Presencial, remoto ou híbrido — o que importa é como se trabalha, não de onde.
A Contajá é uma empresa de contabilidade online que pode te ajudar no processo burocrático contábil e de gestão de departamento pessoal, o que possibilita você focar no que realmente importa.