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Gestão de Pessoas

Contratação de funcionários eficiente: passo a passo

Descubra estratégias eficazes para recrutamento e gestão de talentos, e como a contratação certa pode impulsionar o sucesso e crescimento do seu negócio.

Três pessoas em contraluz numa sala com paredes de vidro. Ao lado, o título do artigo "A importância de uma contratação de funcionários bem feita"

A contratação de funcionários é uma das ações mais estratégicas para o crescimento de qualquer empresa, especialmente em startups e negócios em expansão.

Mais do que preencher uma vaga, contratar bem significa garantir aderência cultural, competência técnica e potencial de evolução no longo prazo.

Muitas empresas ainda tratam a contratação como um processo operacional, limitado à triagem de currículos e realização de entrevistas. No entanto, para atrair os melhores talentos e formar um time de alto desempenho, é preciso transformar o recrutamento em uma jornada estruturada, humana e orientada.

O que é contratação de funcionários?

A contratação de funcionários é o processo de atrair, selecionar e integrar profissionais para compor o quadro da empresa. Envolve desde a identificação da necessidade de uma nova posição até a efetivação da admissão, passando por recrutamento, entrevistas, avaliação de perfil e onboarding.

Uma contratação eficiente vai além da burocracia: é orientada por dados, alinhada com a cultura organizacional e centrada na performance. Por exemplo, ao contratar um analista de marketing, não basta buscar alguém com domínio técnico em tráfego pago — é necessário considerar também se essa pessoa compartilha dos mesmos valores da empresa, tem perfil colaborativo e capacidade de adaptação ao ritmo da equipe.

Por que investir em uma contratação eficiente?

Contratar mal custa caro. Segundo a SHRM (Society for Human Resource Management), o custo de uma má contratação pode chegar a 30% do salário anual do colaborador.

Esse impacto financeiro vem acompanhado de prejuízos intangíveis, como queda de produtividade, desmotivação do time, desgaste da liderança e retrabalho do RH.

Vamos imaginar um exemplo prático: uma startup de tecnologia contrata um desenvolvedor sênior com base apenas em suas habilidades técnicas.

No entanto, nos primeiros meses, percebe-se que ele não se adapta ao modelo de trabalho colaborativo, tem dificuldades de comunicação e prefere atuar de forma isolada. Resultado: conflitos com o time, atrasos em entregas e um desligamento precoce, gerando custos adicionais e perda de tempo.

Passo a passo para uma contratação de funcionários eficiente

1. Planejamento da vaga

Antes de abrir a posição, alinhe com as lideranças:

  • Objetivo estratégico da contratação
  • Atividades e responsabilidades da função
  • Competências comportamentais e técnicas desejadas
  • Faixa salarial e pacote de benefícios
  • Tipo de contrato (CLT, PJ, estágio, etc.)

Dica: crie uma “Job Scorecard” para visualizar o que é esperado do colaborador nos primeiros 3, 6 e 12 meses. Isso ajuda a alinhar expectativas e facilitar a avaliação de performance.

2. Elaboração da descrição da vaga

O job description é o seu primeiro ponto de contato com o candidato — e pode ser decisivo na atração dos talentos certos. Uma boa descrição vai além da lista de tarefas:

  • Use uma linguagem acessível e direta
  • Explique o propósito da vaga e o impacto no negócio
  • Destaque a cultura da empresa e seu diferencial competitivo
  • Liste requisitos obrigatórios e diferenciais desejáveis
  • Informe detalhes sobre o processo seletivo e prazos

Exemplo:

Estamos buscando uma Pessoa Desenvolvedora Front-End apaixonada por criar experiências digitais incríveis. Se você valoriza colaboração, agilidade e está em busca de um ambiente que estimula a inovação, essa vaga é para você!

3. Escolha dos canais de divulgação

Não adianta ter uma vaga incrível se ela não chega até as pessoas certas. Para isso, é fundamental escolher os canais de divulgação com base no perfil da vaga:

  • Plataformas especializadas (Gupy, Kenoby, Recrutei, Revelo, etc.)
  • Redes sociais como LinkedIn, Instagram e Twitter
  • Comunidades e grupos segmentados no WhatsApp, Discord e Slack
  • Programas de indicação interna, com recompensas simbólicas ou financeiras

Exemplo real: uma empresa de design contratou três profissionais via comunidades de UX no Telegram, após personalizar a abordagem e engajar ativamente nesses grupos.

4. Triagem e análise de currículos

Com o volume de candidaturas cada vez maior, é essencial otimizar essa etapa com o uso de um ATS (Applicant Tracking System). Além de organizar o fluxo de seleção, um bom ATS permite aplicar filtros automáticos e personalizar mensagens para os candidatos.

Durante a triagem, observe:

  • Aderência ao perfil técnico e comportamental
  • Consistência nas experiências anteriores
  • Indícios de soft skills (como liderança, resolução de problemas, proatividade)

Lembre-se: currículo é só o ponto de partida. Sempre que possível, complemente com formulários de pré-seleção ou vídeos curtos de apresentação.

5. Entrevistas estruturadas e por competências

Entrevistar bem é uma das etapas mais críticas — e onde muitos erros acontecem. Evite conversas genéricas e invista em um roteiro estruturado, com perguntas baseadas no modelo STAR (Situação, Tarefa, Ação, Resultado).

Perguntas eficazes:

  • Me conte sobre um desafio que você enfrentou em equipe e como lidou com ele.
  • Como você lida com prazos apertados e múltiplas demandas?
  • Qual foi o feedback mais difícil que você recebeu e como reagiu?

Inclua também entrevistas com o time direto e simulações práticas (role play ou teste técnico), sempre explicando o propósito de cada etapa.

6. Checagem de referências

Muitos gestores pulam essa etapa por falta de tempo, mas ela pode evitar surpresas futuras. A checagem de referências deve ser objetiva e respeitosa, com foco em confirmar informações e obter percepções comportamentais.

Exemplo de perguntas:

  • Como era o relacionamento dessa pessoa com o time?
  • Quais pontos fortes mais se destacavam?
  • Em que situações ela demonstrava dificuldade?

7. Proposta e contratação

Ao decidir pela contratação, seja ágil e transparente. Personalize a proposta considerando o perfil do candidato e esteja aberto a escutar suas expectativas.

Itens importantes:

  • Carta proposta detalhada
  • Explicação do modelo de trabalho (presencial, híbrido ou remoto)
  • Informações sobre benefícios flexíveis e cultura de feedback

A experiência nesse momento influencia diretamente a aceitação da proposta.

8. Onboarding estruturado

Um bom onboarding não é só entregar equipamentos e fazer apresentações. É a fase de encantamento, adaptação e engajamento do novo colaborador.

Exemplo de boas práticas:

  • Enviar um vídeo de boas-vindas da liderança antes do primeiro dia
  • Criar uma agenda com encontros com diferentes áreas da empresa
  • Designar um “buddy” para acompanhar nos primeiros 30 dias

Um onboarding bem estruturado pode aumentar a retenção em até 70%, segundo pesquisa da Glassdoor.

Boas práticas para contratar melhor

  • Construa uma marca empregadora forte: mantenha presença ativa em canais digitais, compartilhe bastidores da empresa e depoimentos do time
  • Aplique people analytics: colete dados sobre os melhores performers e use esses insights na definição de novos perfis
  • Capacite os entrevistadores: forneça treinamentos sobre viés inconsciente, diversidade e condução de entrevistas
  • Inclua critérios de diversidade e inclusão desde o início: amplie fontes de recrutamento e revise critérios de seleção
  • Monitore a experiência do candidato: aplique NPS do processo seletivo e use os aprendizados para ajustes contínuos

Erros comuns na contratação de funcionários

  • Abrir vagas sem clareza sobre os objetivos do cargo
  • Priorizar somente formações acadêmicas em vez de competências práticas
  • Falta de comunicação com candidatos durante o processo
  • Etapas mal definidas ou tempo excessivo de resposta
  • Onboarding genérico ou inexistente

Perguntas Frequentes

Quais são os primeiros passos para iniciar a contratação de funcionários?

O primeiro passo é alinhar a necessidade da vaga com as lideranças, definindo responsabilidades, perfil ideal e objetivos da contratação.

Quanto tempo deve durar um processo seletivo eficiente?

Em média, de 2 a 4 semanas, dependendo da complexidade da vaga. O ideal é ser rápido sem comprometer a qualidade.

Vale a pena usar software de recrutamento?

Sim! Um ATS facilita triagens, organiza candidatos e reduz o tempo de contratação, além de profissionalizar o processo.

Como medir a eficiência da contratação?

Acompanhe indicadores como tempo de contratação, custo por vaga, NPS do candidato, turnover e performance no período de experiência.

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Gardênia Farias

Gerente de Recursos Humanos na Contajá, especialista em gestão de pessoas, cultura organizacional e recrutamento. Com ampla experiência em startups de tecnologia, lidera iniciativas que promovem o desenvolvimento de talentos e fortalecem a cultura corporativa da empresa.