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Licença maternidade: como funciona, tempo e direitos

Saiba tudo sobre a licença-maternidade: como solicitar, quanto tempo de contribuição tem que ter, quando a gestante pode se afastar, etc. Guia 2023.


A maternidade transforma tudo – inclusive a forma como encaramos o trabalho. E, nesse momento, conhecer seus direitos é fundamental para garantir tranquilidade, proteção e acolhimento.

Neste artigo, reunimos as informações mais atualizadas sobre licença-maternidade e salário-maternidade, incluindo as novas decisões do STF, como evitar golpes e as principais dúvidas de quem está passando por essa fase tão importante.

O que é a licença-maternidade?

A licença-maternidade é um direito garantido pela Constituição Federal e pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) a todas as gestantes, adotantes ou mulheres que passam por situações de perda gestacional.

Ela permite o afastamento do trabalho por até 120 dias (podendo chegar a 180 dias em alguns casos), sem prejuízo do salário ou do vínculo empregatício.

Quando começa a contar a licença-maternidade?

De acordo com a CLT, a gestante pode se afastar a partir do 28º dia antes do parto ou imediatamente após o nascimento do bebê, mediante apresentação de atestado médico.

Uma decisão recente do Supremo Tribunal Federal (STF) trouxe um novo entendimento:

A contagem da licença deve começar após a alta hospitalar da mãe ou do bebê — o que ocorrer por último.

Essa mudança busca garantir que a família possa aproveitar integralmente o tempo de convivência fora do ambiente hospitalar. Embora ainda não esteja expressa na legislação, o entendimento do STF tem sido aceito judicialmente.

Leia a decisão completa aqui

Qual a diferença entre licença-maternidade e salário-maternidade?

Licença-maternidadeSalário-maternidade
Direito de se afastar do trabalho por um período determinadoValor recebido durante o afastamento
Prevista pela CLTPrevisto pela Previdência Social
Concedida a trabalhadoras com carteira assinada e servidoras públicasTambém pode ser solicitado por MEIs, contribuintes individuais e domésticas

Por quanto tempo a mãe tem direito?

  • 120 dias: parto, adoção ou guarda judicial para fins de adoção.
  • 120 dias: em caso de natimorto (morte fetal).
  • 14 dias: em caso de aborto espontâneo ou nos casos previstos por lei.
  • 180 dias: quando a empresa adere ao programa Empresa Cidadã.

Posso juntar licença-maternidade com férias?

Sim. A lei permite que a mãe usufrua das férias logo após o término da licença-maternidade. No entanto, essa decisão deve ser alinhada com o RH da empresa.

Essa é uma alternativa para ampliar o tempo com o bebê, mas é importante avaliar o planejamento familiar e profissional para não comprometer o descanso futuro.

Quem pode solicitar o salário-maternidade?

Tipo de seguradaComo solicitar
Empregada CLTSolicitação direta à empresa
Contribuinte individual, MEI ou facultativaSolicitação pelo site ou app Meu INSS
Empregada doméstica ou avulsaSolicitação direta ao INSS

Quais os documentos necessários?

  • Documento de identificação com foto
  • CPF
  • Certidão de nascimento ou atestado médico
  • Comprovantes de contribuição ao INSS (para autônomas/MEI)

Quem paga o salário-maternidade?

Depende do vínculo de trabalho:

  • Empregadas CLT: pagamento feito pela empresa, que é ressarcida pelo INSS.
  • Demais categorias: pagamento feito diretamente pelo INSS após solicitação.

Posso ser demitida durante a licença?

Durante a gestação e até cinco meses após o parto, a mulher tem estabilidade no emprego, ou seja, não pode ser demitida sem justa causa.

Durante o recebimento do salário-maternidade, a mãe também não pode exercer nenhuma atividade remunerada, sob pena de suspensão do benefício.

Golpes relacionados ao salário-maternidade: como evitar

Com a digitalização do processo, aumentaram os casos de golpe envolvendo o salário-maternidade. Fique atenta a:

  • Mensagens pedindo “taxas” para liberar o benefício
  • Perfis falsos se passando por atendentes do INSS
  • Sites suspeitos pedindo login e senha do gov.br

O salário-maternidade é um benefício gratuito. Desconfie de cobranças ou intermediários.

O retorno ao trabalho após a licença

O retorno após a licença-maternidade pode ser desafiador. É quando a mulher passa a conciliar trabalho, maternidade e vida pessoal.

Empresas comprometidas devem oferecer um ambiente empático e flexível, com iniciativas como:

  • Horários adaptáveis
  • Espaços para amamentação
  • Benefícios como auxílio-creche
  • Programas de apoio à saúde mental

Principais direitos na maternidade

  • Licença-maternidade de 120 a 180 dias
  • Estabilidade no emprego até cinco meses após o parto
  • Recebimento de salário-maternidade pelo INSS ou pela empresa
  • Possibilidade de juntar férias com a licença
  • Contagem da licença pode começar após alta hospitalar

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    Carla Tomaz

    Coordenadora de operações da Contajá e especialista em Departamento Pessoal, com ampla experiência em legislação trabalhista, gestão de folha e processos admissionais e demissionais. Com olhar técnico e foco em eficiência, lidera a área que garante segurança jurídica e organização para centenas de empresas em todo o Brasil.