O Pix mudou a forma como os brasileiros fazem pagamentos. Rápido, gratuito (na maioria dos casos) e fácil de usar, ele já faz parte da rotina de milhões de pessoas. Mas, em 2025, surgiram muitos boatos sobre possíveis mudanças no Pix, como cobrança de imposto, taxa sobre transações ou vigilância exagerada por parte da Receita Federal.
Afinal, o que é verdade e o que é fake news? O Pix continua gratuito para pessoa física? Existe risco de cobrança? A Receita vai monitorar sua conta?
O que é o Pix?
O Pix é um sistema de pagamento instantâneo criado pelo Banco Central do Brasil em 2020. Ele permite transferências e pagamentos em até 10 segundos, 24 horas por dia, inclusive em finais de semana e feriados.
Diferente do TED e do DOC, o Pix é gratuito para pessoas físicas (na maioria das situações) e pode ser feito usando apenas uma chave, como CPF, número de celular ou e-mail.
Além disso, é seguro e prático: você não precisa digitar agência, conta, nem aguardar dias úteis para que o valor caia.
O Pix será taxado para pessoas físicas?
Não, o Pix não será taxado para pessoas físicas. Conforme esclarecido pela Receita Federal e pelo Banco Central, não há previsão de cobrança de taxas para transações realizadas por indivíduos. Os boatos sobre uma suposta taxação são infundados e foram desmentidos por autoridades competentes.
O Pix será taxado para pessoas jurídicas?
Para empresas (pessoas jurídicas), algumas instituições financeiras podem cobrar tarifas sobre transações via Pix, especialmente em casos de recebimento de pagamentos. No entanto, essa prática não é obrigatória e varia conforme a política de cada banco. É recomendável que as empresas verifiquem junto às suas instituições financeiras sobre possíveis cobranças.
Existe imposto sobre transações via Pix?
Não há incidência de impostos específicos sobre transações realizadas via Pix. As operações financeiras continuam sujeitas às mesmas regras tributárias aplicáveis a outros meios de pagamento. A Medida Provisória publicada pelo governo federal reforça que não haverá tributação adicional sobre o uso do Pix, equiparando-o ao dinheiro em espécie.
Até quando o Pix será gratuito?
O Pix continuará gratuito sem prazo para acabar, segundo o Banco Central.
Atualmente, pessoas físicas não pagam nada para enviar ou receber dinheiro via Pix, desde que não usem o serviço com frequência comercial. Essa regra está mantida e não há previsão oficial de cobrança futura.
A gratuidade faz parte da estratégia do Banco Central para incentivar o uso do meio de pagamento e promover inclusão financeira. Caso ocorra alguma mudança no futuro, ela será divulgada com antecedência, por canais oficiais.
O que mudou nas regras de monitoramento da Receita Federal?
A Receita Federal anunciou que passaria a monitorar transações financeiras acima de R$ 5 mil para pessoas físicas e R$ 15 mil para pessoas jurídicas, incluindo operações via Pix. Esse monitoramento já ocorria com outros meios de pagamento e tem como objetivo prevenir crimes financeiros. Contudo, devido à disseminação de informações falsas e à preocupação dos usuários, a Receita decidiu suspender essa atualização nas regras de monitoramento.
Como identificar e evitar golpes relacionados ao Pix?
Com a popularização do Pix, criminosos têm se aproveitado para aplicar golpes, como falsas cobranças de taxas. Para se proteger:
- Desconfie de comunicações suspeitas: A Receita Federal não envia boletos ou solicita pagamentos via e-mail ou mensagens.
- Verifique informações em fontes oficiais: Consulte os canais oficiais da Receita Federal ou do seu banco para confirmar a veracidade de informações.
- Não compartilhe dados pessoais ou bancários: Evite fornecer informações sensíveis em resposta a comunicações não solicitadas.
O Pix continua sendo seguro?
Sim, o Pix continua sendo uma ferramenta segura para transações financeiras. O Banco Central implementa medidas rigorosas de segurança e trabalha continuamente para aprimorar o sistema e proteger os usuários contra fraudes, inclusive podendo cancelar chave pix. É fundamental que os usuários também adotem boas práticas de segurança, como manter dispositivos atualizados e utilizar autenticação em duas etapas.