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O que acontece se ultrapassar o limite do MEI?

Descubra o que acontece se ultrapassar o limite do MEI e conheça como driblar as complexidades do desenquadramento na transição para outros regimes.

O MEI (Microempreendedor Individual) representa uma facilidade na formalização de pequenos negócios no Brasil, oferecendo um caminho para a legalidade e crescimento empresarial. A adesão a este regime é um marco para inúmeros empreendedores, mas requer um conhecimento profundo das regras e limites impostos.

Ultrapassar o limite de receita bruta estipulado pode levar a consequências significativas, como o desenquadramento do MEI e a necessidade de transição para um novo regime (como o Simples Nacional), afetando diretamente a gestão fiscal e as operações do dia a dia da empresa.

A Linha Tênue do Faturamento do MEI

A definição do limite de faturamento para o MEI é uma baliza que, se ultrapassada, acarreta mudanças automáticas no enquadramento tributário. Este limite, que atualmente é de R$81 mil, é atualizado periodicamente e é um parâmetro essencial que o empreendedor deve monitorar com rigor. Ultrapassar o limite estabelecido implica na perda dos benefícios do MEI, o que torna essencial a vigilância constante das notas fiscais e da receita bruta para evitar ultrapassagens inadvertidas.

O Processo de Desenquadramento do MEI

A princípio, ao ultrapassar o limite MEI, o empreendedor se depara com o processo de desenquadramento. Neste momento, é necessário comunicar a situação à Receita Federal e preparar-se para a transição para um novo regime tributário.

As opções pós-desenquadramento incluem permanecer no Simples Nacional como microempresa (ME) ou empresa de pequeno porte (EPP), ou migrar para um CNPJ regular, o que traz consigo um conjunto diferente de responsabilidades tributárias.

O Simples Nacional: Definição e Vantagens

Primeiramente, o Simples Nacional surge como um regime tributário simplificado, especialmente desenhado para micro e pequenas empresas brasileiras. Com a unificação de oito impostos em uma única guia de arrecadação e a promessa de uma carga tributária mais leve, o regime é um verdadeiro aliado para o crescimento dos pequenos negócios.

No entanto, é necessário estar atento às normativas para garantir a permanência neste regime vantajoso. Afinal, estar corretamente enquadrado no Simples Nacional não só facilita o pagamento de tributos, mas também abre portas para isenções fiscais, redução de burocracia e acesso facilitado a linhas de crédito.

Etapas Cruciais na Mudança de MEI para ME

Avaliação Estratégica do Momento de Transição

No universo empresarial, identificar o momento adequado para a transição de MEI para ME é um exercício estratégico fundamental. Quando a receita bruta de um MEI se aproxima do teto de R$81 mil, considerar a mudança para ME pode ser uma jogada astuta. Além disso, se houver o desejo de expandir as operações ou aumentar o quadro de funcionários, a transição torna-se um passo natural e necessário.

Executando o Desenquadramento do MEI

O passo subsequente é a formalização do desenquadramento do status de MEI. Esse procedimento é iniciado com um pedido formal no Portal do Simples Nacional. Durante esse período de transição, o MEI pode manter suas atividades comerciais inalteradas.

É crucial que, durante este processo, o MEI esteja em conformidade com todas as obrigações tributárias, incluindo a entrega da DASN-SIMEI e o pagamento dos DAS acumulados até a data do desenquadramento.

Registro e Adaptação na Junta Comercial

Após o desenquadramento, é necessário registrar a nova ME na Junta Comercial correspondente. Além disso, este passo envolve alterações importantes, como a atualização do Contrato Social e a emissão de um novo CNPJ.

A revisão do Contrato Social deve refletir todas as mudanças pertinentes ao novo status empresarial, incluindo a natureza das atividades econômicas e a composição do capital social. A emissão de um novo CNPJ é realizada automaticamente após a atualização do Contrato Social.

Seleção do Regime Tributário Adequado

A escolha do regime tributário é um marco importante na transição para ME. Entre as opções disponíveis – Simples Nacional, Lucro Presumido e Lucro Real a decisão deve ser baseada em uma análise criteriosa do faturamento, área de atuação, número de empregados, entre outros fatores.

O Simples Nacional geralmente se apresenta como a alternativa mais vantajosa para as Microempresas, enquanto o Lucro Presumido e o Lucro Real são regimes que calculam os tributos com base no lucro da empresa. A seleção do regime tributário mais benéfico pode exigir a orientação de um contador experiente.

Simplificando o Desenquadramento do MEI

Iniciando o Processo de Desenquadramento

Para iniciar o desenquadramento, o MEI deve enviar uma solicitação a partir de 1º de janeiro, por meio do portal do empreendedor ou do portal do Simples Nacional. É essencial também verificar junto à junta comercial local se existem procedimentos adicionais a serem seguidos.

Embora possa parecer um processo complexo, a transição pode ser facilitada com o suporte de uma contabilidade online, que pode gerenciar toda a burocracia envolvida e garantir um desenquadramento correto e eficiente.

Motivações para o Desenquadramento do MEI

Identificando a Necessidade de Mudança

Existem diversas razões que podem levar um MEI a se desenquadrar, cada uma indicando a necessidade de uma reestruturação legal e tributária da empresa.

  1. Superando o Limite de Faturamento: Se a receita anual exceder o limite permitido para o MEI, a transição para um regime tributário mais apropriado, como o Simples Nacional ou ME, torna-se obrigatória.
  2. Alteração na Atividade Comercial: Caso a atividade empresarial não esteja mais alinhada com as categorias permitidas para o MEI, uma mudança de enquadramento é necessária.
  3. Necessidade de Mais Empregados: O MEI está limitado à contratação de um único funcionário. Se o crescimento da empresa exigir uma equipe maior, a categoria de MEI já não será mais adequada.
  4. Expansão com Filiais: Dado o modelo simplificado do MEI, a abertura de filiais não é permitida. Assim, planos de expansão exigem uma reavaliação e possível mudança de enquadramento tributário.

A Transição para um CNPJ Regular

A transição para um CNPJ regular é um processo que exige diligência e conhecimento aprofundado das obrigações fiscais. Desde a escolha da natureza jurídica até a inscrição na junta comercial, cada passo deve ser dado com atenção e precisão. Neste novo cenário, a contabilidade deixa de ser uma opção e se torna uma ferramenta vital para o sucesso e conformidade do negócio.

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    Lívia Barroso

    COO e contadora responsável técnica da Contajá, contabilidade online para micro e pequenas empresas. Graduada em Ciências Contábeis pela UFV e com MBA em Gestão de Pessoas com Ênfase em Liderança Organizacional pela USP/Esalq, lidera as operações da empresa aliando visão estratégica, excelência técnica e foco total na experiência do cliente.