A Contribuição INSS passou por mudanças importantes nos últimos anos, especialmente com a adoção do sistema progressivo.

Esse modelo basicamente trouxe ajustes nas alíquotas, que agora aumentam conforme o valor do salário mínimo.

E essas alterações afetam diretamente empregados, trabalhadores domésticos e avulsos, sendo aplicadas na folha de pagamento.

Além disso, o cálculo leva em conta o teto de contribuição do INSS, que foi atualizado para R$ 8.157,41 em 2025.

Assim, entender como funciona a Contribuição INSS é importante para evitar erros e cumprir corretamente as suas obrigações. Assim, você garante mais segurança no processo.

Agora, continue lendo para aprender como esse cálculo impacta diferentes tipos de trabalhadores e confira dicas práticas para aplicar as regras da forma certa.

O que é o INSS?

O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) é o órgão responsável pelo pagamento de aposentadorias e outros benefícios aos trabalhadores brasileiros que contribuem para a Previdência Social.

O imposto chamado INSS é recolhido para gerar receita destinada à Previdência Social. Além disso, ele também garante o acesso aos benefícios previdenciários para todos os segurados.

A Previdência Social oferece uma ampla gama de benefícios, como por exemplo:

A contribuição ao INSS é importante para garantir esses direitos, como a aposentadoria, que gera uma fonte de renda segura na terceira idade.

Além disso, contribuir de forma regular não só cumpre uma obrigação, mas também traz a tranquilidade de saber que você e sua família terão suporte quando precisarem.

Quem pode contribuir para o INSS?

Existem dois tipos de contribuintes do INSS: os facultativos e os obrigatórios.

Os contribuintes obrigatórios são aqueles que exercem atividades remuneradas, como empregados com carteira assinada, empresários e autônomos. Esse grupo é obrigado a contribuir para o INSS.

Pois, não cumprir com essa obrigação é considerado sonegação fiscal, e essa falta está sujeita a penalidades legais.

Porém, os contribuintes facultativos são aqueles que não exercem atividade remunerada. Desejam, contudo, contribuir para o INSS e ter acesso aos benefícios previdenciários, como aposentadoria e auxílio-doença. Esses segurados são maiores de 16 anos e têm a opção de realizar a contribuição.

Novas exigências da reforma da previdência para 2025

Segundo o portal G1, nesse ano de 2025, os trabalhadores que estão próximos da aposentadoria precisam ficar atentos às novas regras da Reforma da Previdência. Pois, desde que ela foi aprovada, em 2019, a reforma tem alterado algumas exigências ano a ano.

Mas, a regra geral determina que as mulheres podem se aposentar com pelo menos 62 anos de idade e 15 anos de contribuição. Para os homens, é necessário ter 65 anos de idade e 20 anos de contribuição.

No entanto, para quem já contribuía ao INSS antes da aprovação da reforma, em novembro de 2019, foram criadas regras de transição. E essas regras passam por mudanças anuais e devem vigorar até 2031.

A seguir, vamos detalhar cada uma das principais regras de transição e como elas funcionam.

Conheça as regras de transição

As regras de transição foram criadas para ajudar quem já contribuía antes da Reforma da Previdência.

Além disso, elas servem como um meio-termo entre as condições antigas e as novas exigências.

Com isso, o momento de concessão do benefício e o valor recebido podem variar dependendo da regra escolhida. Veja abaixo, as regras de transição:

Idade mínima com tempo de contribuição

Para se aposentar, é necessário cumprir um tempo mínimo de contribuição: 30 anos para mulheres e 35 para homens. Além disso, a idade mínima aumenta gradualmente em seis meses a cada ano.

Tabela de Idade Progressiva

Tabela de Idade Progressiva
Fonte: INSS

Aposentadoria por idade.

Nessa regra, a idade mínima é de 65 anos para homens e 62 anos para mulheres. Além disso, nessa regra também é preciso ter pelo menos 15 anos de contribuição ao INSS.

Pedágio de 50%

Essa regra vale para quem estava perto de se aposentar em 2019. Nesse caso, é necessário trabalhar 50% a mais do tempo que faltava.

Por exemplo, quem precisava completar dois anos terá que trabalhar mais um ano adicional.

Pedágio de 100%

Aqui, o trabalhador deve cumprir exatamente o tempo de contribuição que faltava antes da reforma, dobrando o período necessário.

Além disso, a principal vantagem é que o valor do benefício pode ser maior em comparação ao pedágio de 50%.

Sistema de pontos

Os pontos são calculados somando idade e tempo de contribuição. Em 2025, a pontuação mínima será de 92 para mulheres e 102 para homens.

Assim como na idade mínima, a pontuação exigida aumenta gradualmente ao longo dos anos.

Em resumo, cada uma dessas regras de transição tem características únicas. E escolher a melhor opção pode fazer toda a diferença na hora de garantir um benefício mais vantajoso.

Como é feita a contribuição para o INSS?

A forma de recolhimento da contribuição para o INSS varia de acordo com o tipo de contribuinte e o tipo de trabalho exercido.

Assim, se você é um empregado com carteira assinada, a empresa contratante é responsável por realizar o recolhimento da contribuição, descontando direto do seu salário.

Mas, se você é empresário, a contribuição ocorre por meio do pró-labore, que é a remuneração paga ao empresário, na qual o valor do INSS é descontado.

Já os autônomos e os segurados facultativos precisam se inscrever na Previdência Social e gerar sua própria guia para o recolhimento da contribuição.

Caso você deseje contribuir para o INSS como pessoa jurídica, como autônomo ou profissional liberal, é interessante saber quanto custa e como abrir um CNPJ. A Contajá pode ajudá-lo nesse processo.

Como é calculada a contribuição do INSS?

Primeiramente, é importante entender que a contribuição, conforme estipulado pela Previdência, é calculada com base em um percentual aplicado sobre o salário de contribuição, o qual varia de acordo com o tipo de segurado.

Para os contribuintes contratados CLT, por exemplo, a taxa de contribuição parte da remuneração do trabalhador.

Já os empresários calculam a partir do pró-labore e, para os autônomos, o valor considerado é o total recebido durante o período.

Entretanto, para os segurados facultativos, que não possuem uma remuneração fixa, é possível escolher um valor de contribuição entre o salário mínimo de R$ 1.518,00 e o teto de contribuição do INSS que, atualmente, é de 8.157,41 (2025).

Nova Tabela de Contribuição do INSS 2025

Tabela de Contribuição do INSS 2025

Como funciona o cálculo progressivo?

Na nova tabela de cálculo da contribuição, é necessário multiplicar pela alíquota de cada faixa apenas a parcela do salário que se encaixa nela.

Vamos exemplificar o cálculo para um salário de R$ 5.000,00 no ano de 2025:

  • 1ª faixa salarial: R$ 1.518,00 x 0,075 = R$ 113,85
  • 2ª faixa salarial: (R$2.793,88 – R$ 1.518,00) x 0,09 = R$ 114,83
  • 3ª faixa salarial: (R$ 4.190,83 – R$ 2.793,88) X 0,12 = R$ 167,63
  • 4ª faixa salarial: (R$ 5.000 – R$ 4.190,83) X 0,14 = R$ 113,28
  • Total a ser recolhido: R$ 509,59

Autônomo: Como gerar a guia de INSS?

Para os autônomos e contribuintes individuais, é necessário fazer o cadastro na Previdência Social e obter o número do NIT (Número de Inscrição do Trabalhador).

Se você já possui número de PIS, PASEP ou NIS, não é necessário realizar o cadastro, pois poderá utilizar o mesmo número para a Previdência Social.

Após calcular a contribuição mensal, você pode acessar o site da Previdência e gerar a guia de recolhimento, seguindo as orientações abaixo:

  1. Escolha a categoria “Contribuinte Individual“.
  2. Informe o número do NIT/PIS/PASEP.
  3. Digite o código da figura e confirme.
  4. Verifique e confirme seus dados na tela (se necessário, atualize seus dados indo em uma agência do INSS).
  5. Indique a competência (mês de referência do pagamento, que é o mês anterior).
  6. Informe o valor do salário de contribuição, que é a soma das suas rendas naquele mês.
  7. Escolha o código de pagamento adequado (consulte a tabela do INSS para mais detalhes).
  8. Confirme e selecione a guia gerada.
  9. Gere a GPS (Guia da Previdência Social).

Após gerar a guia, é só pagar!

Prazo para pagamento da guia do INSS

Para resumir, o prazo para pagamento da guia do INSS varia de acordo com o tipo de segurado:

Empregados:

Para os contribuintes contratados CLT, a empresa contratante é responsável pelo pagamento do INSS. O prazo para pagamento é até o dia 20 do mês seguinte à contribuição.

Por exemplo, o INSS do salário de novembro deve ser recolhido até o dia 20 de dezembro. Se o dia 20 cair em um final de semana ou feriado, o pagamento deve ser antecipado.

Microempreendedor Individual (MEI):

O recolhimento do INSS do MEI é realizado na própria DAS-MEI, que é a guia mensal de pagamento do MEI. Essa guia já inclui a contribuição sobre o salário mínimo vigente. O vencimento da guia é sempre até o dia 20 de cada mês.

Se não houver expediente bancário nesse dia, o pagamento será prorrogado para o próximo dia útil.

Empregado Doméstico:

O recolhimento do INSS para empregados domésticos deve ser feito até o dia 20 do mês seguinte ao trabalhado.

Caso o dia 20 caia em um final de semana ou feriado, o pagamento precisa ser antecipado para o último dia útil anterior.

Contribuinte Individual e Facultativo:

Segurados Facultativos:

O recolhimento deve ser feito até o dia 15 do mês seguinte ao que se refere a contribuição, prorrogando-se para o próximo dia útil caso não haja expediente bancário.

Contribuintes Individuais:

Para autônomos que trabalham por conta própria, o recolhimento deve ser realizado até o dia 15 do mês seguinte à competência, prorrogando-se para o próximo dia útil caso não haja expediente bancário.

Para contribuintes individuais que recolhem via pró-labore, o prazo é até o dia 20 do mês seguinte ao que se refere a contribuição. Caso o dia 20 não seja dia útil e haja expediente bancário, o pagamento deve ser antecipado para o último dia útil anterior.

Por exemplo:
O INSS referente a junho de um segurado facultativo deve ser recolhido até o dia 15 de julho.

O INSS referente a junho de um autônomo deve ser recolhido até o dia 15 de julho.

O INSS referente a junho de um contribuinte individual que recebe pró-labore deve ser recolhido até o dia 20 de julho, ou antecipado para o último dia útil anterior, se o dia 20 não for dia útil.

Agora que você entende melhor como funciona a contribuição para o INSS, fique atento aos prazos de pagamento e aproveite os benefícios previdenciários proporcionados pelo INSS.


Conclusão

Em resumo, a contribuição ao INSS ajuda a garantir acesso aos benefícios previdenciários e uma aposentadoria tranquila.

Seja você um empregado, autônomo ou contribuinte facultativo, entender como funciona o recolhimento e os prazos evita problemas futuros e assegura seus direitos.

Além disso, é importante acompanhar as mudanças nas regras e nos valores atualizados anualmente, como as alíquotas e o teto de contribuição.

Agora que você conhece as principais informações, planeje suas contribuições e fique atento para aproveitar ao máximo os benefícios da Previdência Social. Afinal, cuidar disso hoje traz segurança para o futuro.


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